Isto porque é já na próxima quarta-feira, 6 de março, dia do lançamento mundial, que chega às livrarias o romance póstumo de Gabriel García Márquez, Vemo-Nos em Agosto, desde há muito anunciado e agora finalmente editado.

No ano em que se assinalam dez anos desde o desaparecimento de Gabriel García Márquez (1927-2014), cuja obra é publicada pela Dom Quixote, o mundo foi surpreendido com a notícia de que um romance inédito havia sido encontrado no baú de manuscritos do autor de Cem Anos de Solidão, que os seus herdeiros decidiram agora publicar.

O grande escritor colombiano, um dos maiores de todos os tempos, Prémio Nobel da Literatura, autor de uma obra que marcou gerações e gerações de leitores por esse mundo fora, falou pela primeira vez da intenção de escrever este livro em 1999, no decorrer de uma leitura de contos que o próprio fez na Casa América de Madrid, onde apresentou um fragmento e um ponto de partida para um futuro romance.

Ele aí está, tantos anos depois, Vemo-Nos em Agosto será sem dúvida um dos livros mais lidos, mais analisados e mais debatidos dos próximos tempos.

Distinguido com o Prémio Nobel de Literatura em 1982, Gabriel García Márquez publicou o seu primeiro conto, A Terceira Resignação, aos vinte anos, e no ano seguinte deu início ao seu percurso jornalístico. Durante mais de meio século dividiu-se entre estes dois ofícios, enfeitiçado pelo «amargo encanto da máquina de escrever».

Considerado o expoente máximo do «realismo mágico», afirmou sempre: «Não há nos meus romances uma linha que não seja baseada na realidade.»

Foi, definitivamente, o criador de um dos mundos narrativos mais ricos que a língua espanhola produziu no século XX, e o carácter universal da sua obra coloca-o entre os maiores escritores de sempre.