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23 junho 2025

Yael van der Wouden vence prémio literário Women's Prize com A Guardiã, na categoria de ficção

Finalista do prémio Booker 2024, A Guardiã, de Yael van der Wouden, é uma das mais aclamadas estreias literárias da década. Numa escrita seca, áspera, avassaladoramente sensual, a autora surpreende com uma história emocionante sobre obsessão e perda, transportando-nos para uma casa isolada nos Países Baixos, em 1961.

As escritoras Yael van der Wouden e Rachel Clarke venceram o prémio literário Women's Prize, nas categorias de ficção e não-ficção, respetivamente. A autora holandesa-israelita Yael van der Wouden conquistou o prémio com o romance A Guardiã, publicado em Portugal pela LeYa/ASA. A médica de cuidados paliativos do Serviço Nacional de Saúde britânico Rachel Clarke venceu a segunda edição do Women's Prize para não ficção com "The Story of a Heart".

 

Finalista do prémio Booker 2024, A Guardiã, de Yael van der Wouden, é uma das mais aclamadas estreias literárias da década. Com este romance, escrito e publicado originalmente em inglês, a jovem Yael van der Wouden tornou-se a primeira pessoa dos Países Baixos a surgir na lista de nomeações do Booker. Numa escrita seca, áspera, avassaladoramente sensual, a autora surpreende com uma história emocionante sobre obsessão e perda, transportando-nos para uma casa isolada nos Países Baixos, em 1961.

 

A Segunda Guerra Mundial acabou há mais de 15 anos, o país reergueu-se penosamente das cinzas, já quase não restam vestígios do passado. Quase.

No campo, nos arredores de Utreque, Isabel leva uma vida solitária. A mãe deixou-lhe uma casa enorme que ela mantém assepticamente ordenada, como um museu. Apenas permite a entrada da criada ou dos dois irmãos, quando raramente a visitam.

É neste palco que surge uma intrusa, como um furacão. Um dos irmãos de Isabel vai lá passar uns dias. Chega na companhia da sua mais recente namorada, Eva. Parte pouco depois, deixando-a para trás.

Agora, naquele espaço fechado, num verão que queima, estão Eva e Isabel. Uma é livre, selvagem; a outra tenta a custo resguardar-se, defender o seu castelo, os pratos no louceiro que a mãe lhe deixou, o faqueiro precioso, as relíquias que começam a desaparecer. Uma após outra.

Podíamos falar aqui de Expiação, de Ian McEwan, porque há crimes por expiar e um desfecho que tudo contradiz; ou evocar Patricia Highsmith, na misantropia de Isabel, no suspense que asfixia; ou ainda lembrar O Leitor, de Bernard Schlink, porque a guerra (e a História) reescrevem o destino.

 

Yael van der Wouden é escritora e professora. Dá aulas de escrita criativa e literatura comparada nos Países Baixos. O seu ensaio sobre a identidade holandesa e judiaísmo, On (Not) Reading Anne Frank, teve uma menção honrosa na seleção The Best American Essays 2018. A Guardiã, o seu romance de estreia, foi finalista do prémio Booker 2024 e está a ser publicado numa dúzia de países. 

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