Foi no Casino do Estoril que a escritora Lídia Jorge recebeu, ontem, das mãos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Prémio Literário Fernando Namora, atribuído ao romance Misericórdia, publicado pela Dom Quixote em Outubro de 2022 e do qual ainda hoje, passados dois anos, se continua a falar.

Depois de escutar dos vários oradores palavras altamente elogiosas sobre o seu percurso literário e, sobretudo, sobre o romance premiado, considerado já um livro absolutamente novo na bibliografia da autora mas também em toda a literatura portuguesa, Lídia Jorge recordou os tempos em que conheceu de perto Fernando Namora, mostrando-se ainda mais sensibilizada por receber o prémio com o seu nome.

O Prémio Fernando Namora, recorde-se, foi apenas um dos muitos conquistados por Misericórdia, distinguido também em França, com o já famoso Médicis, pela primeira vez entregue a um escritor de língua portuguesa.

Atualmente na 11.ª edição, acabada de ficar pronta, Misericórdia foi já publicado no Brasil, Colômbia, França e Espanha estando em andamento edições na República Checa, Egipto, Alemanha, Israel, México e EUA. Um caminho que faz de Misericórdia um acontecimento sem paralelo na história recente da nossa literatura.

No Casino do Estoril, para além do Prémio Fernando Namora, foram ainda entregues, a Francisco Mota Saraiva, o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, e a José Pacheco Pereira o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural.

Os dois também usaram da palavra, depois de Mário Assis Ferreira o ter feito, em nome do Casino do Estoril, patrocinador dos prémios, e antes de Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do júri.

O discurso do Presidente da República encerrou a cerimónia.

Fotografia: © Miguel Figueiredo Lopes / Presidência da República