09 setembro 2024
A segunda edição do maior evento de discussão do futuro dos livros e da leitura em Portugal e na Europa juntou grandes escritores e pensadores nacionais e internacionais, esta quinta e sexta-feira, no Museu do Oriente, em Lisboa.
Com os olhos postos no futuro, os desafios atuais que o setor livreiro enfrenta foram debatidos ao longo dos dois dias, num exercício de constante questionamento acerca das ameaças e oportunidades existentes no mercado editorial. Na LeYa Sempre da próxima semana destacaremos alguns dos momentos-chave e conclusões mais significativas desta iniciativa da APEL.
Os dados do estudo realizado pela GFK apresentados por Pedro Sobral, Chief Publishing Officer da LeYa e Presidente da APEL, são promissores: houve um crescimento do mercado livreiro em Portugal no ano de 2023, com maior expressão na faixa etária dos 15 aos 24 anos (uns notáveis 41%), fulcral para o futuro dos livros. O inquérito revelou que 65% dos portugueses compraram livros em 2023, 82% para consumo próprio e 44% para oferta, representando este último uma queda face aos 53% que foram apurados em 2022.
Pedro Sobral afirmou que “a leitura é um exercício de liberdade” e que garantir o acesso universal ao livro, à leitura e à promoção da leitura é um dever de todos os players da indústria, tarefa em que as novas tecnologias podem ser poderosas aliadas.
A prevalência da pirataria no consumo digital de livros e a consequente ameaça que esta constitui para a propriedade intelectual e para os direitos de autor foi o indicador mais preocupante do estudo da GFK. Também a inteligência artificial e as oportunidades que esta representa no setor editorial foram trazidas para a discussão sobre o futuro do livro, na perspetiva de que ela pode oferecer, de forma regulada e criteriosa, vantagens sem ameaçar a criatividade.
As várias histórias inspiradoras dos autores que passaram pelo palco do Book 2.0 lembraram-nos do poder transformador da leitura: permite abrir caminhos, descobrir possibilidades, revela-nos o que podemos ser e no que podemos transformar-nos, e ajuda-nos a compreender o mundo. A importância da aquisição de hábitos de leitura entre as camadas mais jovens foi amplamente debatida, com ênfase no papel basilar que o ensino desempenha neste gosto adquirido.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, no seu discurso de encerramento do primeiro dia do evento, abordou a importância das bibliotecas na criação de hábitos sustentáveis de leitura, sublinhou a necessidade da revisão do Plano Nacional de Leitura, que considera estar “datado” e defendeu a aplicação do cheque-livro, medida de incentivo aos hábitos de leitura prevista no Orçamento do Estado para 2023.
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