07 fevereiro 2025
É com profunda tristeza e sentida mágoa que a LeYa e a Dom Quixote tomaram conhecimento do falecimento da escritora Maria Teresa Horta, esta terça-feira.
Uma perda de dimensões incalculáveis para a literatura portuguesa, para a poesia, o jornalismo e o feminismo, a quem Maria Teresa Horta dedicou, orgulhosamente, grande parte da sua vida.
A Dom Quixote, sua editora, lamenta o desaparecimento de uma das personalidades mais notáveis e admiráveis do nosso tempo, reconhecida defensora dos direitos das mulheres e da liberdade, numa altura em que nem sempre era fácil assumi-lo, autora de uma obra que ficará para sempre na memória de várias gerações de leitores, e que ainda há bem pouco tempo foi eleita, pela BBC, uma das “100 mulheres mais influentes e inspiradoras de todo o mundo”.
Os livros de Maria Teresa Horta, esses, mantêm-se vivos e continuarão a ter o merecido lugar de destaque no catálogo da Dom Quixote.
Nascida em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras, Maria Teresa Horta, escritora e jornalista, estreou-se na poesia em 1960, com Espelho Inicial.
No ano seguinte participou com Tatuagem em Poesia 61, e tem a sua obra poética coligida em Poesia Reunida (2009).
Publicou, posteriormente, Poemas para Leonor (2012), A Dama e o Unicórnio (2013), Anunciações (2016), Poesis (2017), Estranhezas (2018) e a antologia pessoal Eu Sou a Minha Poesia (2019).
Na ficção, é autora de Ambas as Mãos sobre o Corpo (1970), Ana (1974), Ema (1984), Cristina (1985), A Paixão segundo Constança H. (1994) e As Luzes de Leonor (2011), romance sobre a Marquesa de Alorna distinguido com o Prémio D. Diniz, da Fundação da Casa de Mateus.
Em 2014 editou o volume de contos Meninas e, em 2019, Quotidiano Instável, livro que reúne as crónicas de carácter ficcional publicadas no suplemento «Literatura & Arte» do jornal A Capital, entre 1968 e 1972.
Os seus livros estão publicados no Brasil, França e Itália.
Paixão, lançado em 2021, é o seu último livro.
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